Acabei de o ler hoje. O aleph é a primeira letra do alfabeto da língua sagrada, mas no conto bem humorado de Borges é também o ponto de dois ou três cm onde se concentram todas as coisas do mundo, vistas de todas as perspectivas possíveis, sem que as suas imagens se sobreponham. Desta colecção de contos, que no meu entender não está ao nível de Ficções, destacaria ainda: El muerto, a comovente Historia del guerrero y de la cautiva, Deutsches Requiem (que tem o título de uma peça de Brahms e consiste no relato arrepiante do director de um campo de concentração. Terá servido de inspiração a Littell? Não sei porque nunca li As Benevolentes) e Abenjacán el Bojarí, muerto en su laberinto (construído como um bom policial). Achei o El inmortal, a abrir, algo cansativo, apesar do início promissor e 'muito borgiano'. La escritura del Dios tem semelhanças evidentes com O poço e o pêndulo, de E. A. Poe. 3 estrelas (tendo em conta a expectativa e que é JLB)
El Aleph
Jorge Luis Borges
Alianza Editorial
208 páginas, 8 €
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