quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

o livro que pode ter mudado a minha vida




O Comilão acaba de ler um livro sobre a figura absolutamente inspiradora de Steve Jobs: iSteve - na mente de Steve Jobs (esta é a capa da edição inglesa). Aqui fica uma síntese.
Tem a alcunha de Hatchett (machadinho) Jobs por ser perito em despedir pessoas (embora o boato de o fazer nos elevadores não passe disso mesmo). Com a venda da Pixar por 7.600 milhões de dólares, tornou-se o maior accionista individual da Disney. Tinha adquirido a empresa (que em 95 fez o primeiro filme de animação a computador) a George Lucas em 85 por 10 milhões.
Foi entregue pelos pais biológicos a outro casal. Na adolescência roçou os limites da marginalidade. Nunca acabou o curso e experimentou uma dieta de maçãs para não ter de tomar banho.
Trabalhou na Atari (jogos) até ter dinheiro suficiente para fazer uma viagem de busca espiritual à Índia. Quando regressou fundou a Apple com o génio informático Steve Wozniak. Montavam computadores à mão na garagem dos pais de Jobs. O primeiro Mac nasceu em 1984. Jobs queria blindá-lo, de forma que o dotou com parafusos especiais que só podiam ser tirados com uma chave de 30 cm. Sai da Apple em 85. Entretanto funda a NeXT, onde desenvolve um sistema operativo que vende à Apple em 96. Dois anos depois acaba por se tornar CEO quase naturalmente. Reduz a oferta da empresa a quatro produtos: dois desktops e dois portáteis. Vocaciona-a para o segmento alto: assim consegue obter 25% de lucro em cada computador que vende, em vez dos 5-7% das outras empresas.
«Como os operacionais da CIA, os funcionários da Apple não falam sobre o que fazem, nem mesmo com as pessoas de mais confiança: cônjuges, namorados ou pais. Muitos nem se referem à empresa pelo nome. Alguns empregados da Apple referem-se-lhe como 'a companhia da fruta'».
Em Outubro de 2001 lança o iPod (o nome foi inspirado no filme de Kubrik 2001, Odisseia no Espaço). A sua obsessão pelo perfeccionismo é tão grande que manda substituir a ficha dos phone do iPod por não produzir um clique satisfatório. Quando lhe colocaram obstáculos a fazer uma placa mais bonita e alegaram que nem seria visível ao cliente comum, ripostou: «Um bom carpinteiro não usa madeira de segunda para construir as costas de um armário, mesmo sabendo que essa parte do móvel não ficará à vista».
É vegetariano (dos que comem peixe), budista e costuma andar descalço, mas viaja num jacto particular de 90 milhões de dólares. Um alto quadro da Apple que foi a sua casa diz que esta estava quase despida porque Jobs não encontrava mobiliário que lhe agradasse. Tinha uma grande foto de Einstein na parede e um piano alemão. Quando teve de substituir a máquina de lavar roupa Jobs envolveu toda a família numa discussão que durou 2 semanas. Acabou por optar por um modelo alemão. Considera a maioria dos produtos ridículos de tão mal concebidos e a maioria das pessoas burras. Diz que o grande problema de Bill Gates é nunca ter tido uma trip de LSD. Acerca da sua doença em 2004 disse: «O médico aconselhou-me para ir para casa pôr as coisas em ordem, que é o código que os clínicos usam para nos preparamos para morrer. Significa tentar dizer aos nosso filhos tudo o que pensávamos dizer-lhes nos dez anos seguintes, mas só dispomos de uns meses para o fazer». A verdade é que Jobs já vivia obcecado com a morte desde que andava na casa dos 20 anos. Contou a Scully estar convencido de que teria uma vida muito curta. (pág. 22)
Dois episódios japoneses: «Morita [o lendário patrão da Sony] presenteou o par [Scully e Jobs] com um dos primeiros walkman que saíram da linha de produção. 'Steve ficou fascinado. Por isso a primeira coisa que fez foi desmontar o aparelho e observar os componentes, peça por peça'.» (pág. 153)
Acerca do alumínio: «Passámos algum tempo no Norte do Japão, onde falámos com um mestre do trabalho em metais, de forma a conseguir um certo nível de aperfeiçoamento» (pág. 85)
Charlie Booker, comediante britânico, odeia os Mac: «Se acredita mesmo que precisa de um telemóvel que 'diz algo' sobre a sua personalidade, não se preocupe. Talvez sofra de uma doença mental - mas não tem personalidade» (pág. 116)

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