O Comilão recebeu como presente atrasado (do seu amigo o Venerável JB) o há muito desejado Live Forever, dedicado à artista norte-americana Elizabeth Peyton (n. 1965). E, quanto mais explora o livro, mais deliciosa acha a obra desta artista da qual se diz que se tornou célebre pelos retratos de amigos do meio da moda e da música. Essa descrição omite a subtileza e mestria com que Peyton usa a técnica da aguarela ou a dignidade que imprime ao simples lápis de cor. Os seus retratos - que trazem algo de novo a um género tão difícil para o artista de hoje - são simplesmente brilhantes, em mais de um sentido. Respeitam e estão imbuídos de toda a tradição retratística, mas ao mesmo tempo regeneram-na e dão-lhe uma frescura e leveza muito actuais.
O belíssimo livro da Phaidon, inspirado numa grande exposição do New Museum de Nova Iorque (que o Comilão já visitou) faz inteira justiça a essa obra notável. Em 2002 o Comilão tinha visitado outra exposição da artista no MoMA quando este se encontrava deslocado em Queens (NY), mas não encontra referências relativas a essa mostra.
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