quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Fires




O Comilão acaba de ler Fires - Essays, Poems, Stories, de Raymond Carver. «You should read Fires now», pode ler-se na contracapa e o Comilão seguiu esse conselho. O livro começa com o ensaio My Father's Life, que tem esta particularidade: não contando nada de extraordinário ou fora do comum, é um relato fascinante de uma relação entre pai e filho. O segundo ensaio é sobre o percurso do escritor. O terceiro é sobre o professor (já mencionado no segundo) que encorajou Carver a escrever e lhe emprestava o escritório para ele o poder fazer tranquilamente. Um professor da velha guarda, exigente mas também generoso.

O Comilão estava a pensar ontem à noite que uma das características da escrita de Carver é ater-se aos objectos, às coisas, ao mundo material, com descrições precisas. Não elabora muito sobre sentimentos ou outras coisas impalpáveis, mas eles estão lá (projectados nas coisas?).

Depois dos ensaios vêm os poemas - têm passagens interessantes, mas não é, para o Comilão, o género mais conseguido - e depois dos poemas as histórias. A que o Comilão guarda melhor na memória chama-se Too Much Water So Close to Home, sobre um grupo de amigos que vão pescar e encontram no rio o corpo de uma rapariga morta. O Comilão já a conhecia, por ter lido e por ter visto um filme nela inspirado (Jandabyne), mas foi instrutivo relê-la.

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