quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Aquisições recentes


O Comilão andou por terras da Escócia. No dia anterior ao regresso a Portugal, teve oportunidade de visitar uma venda de livros na Biblioteca de Perth. Por 1 libra, a família do Comilão teve direito a entrar numa sala onde havia centenas de volumes a preços tentadores. No meio do caos de papel, o Comilão seleccionou os seguintes títulos (note-se que nem havia muito tempo para perder à procura de pechinchas, nem dava muito jeito regressar a Lisboa carregado de livros):

- Stephen King, On Writing - a memoir
- Mary Wortley Montagu, Life on the Golden Horn (Penguin Great Journeys)
- Mark Kurlansky, Cod: A biography of the fish that changed the world

Quanto ao primeiro, andava há bastante tempo a cobiçá-lo, mas era demasiado caro (15 euros). O segundo, adquiri-o porque estava bem conservado, com uma capinha de plástico e tudo, e é pequeno - e além disso o Comilão ainda não perdeu a vontade de ir à Turquia. O terceiro trata um tema que que por razões óbvias diz muito ao Comilão - o bacalhau - e ao que parece constitui uma leitura fascinante.

Por quanto trouxe o Comilão estas preciosidades para a sua biblioteca? 1 libra! Sim, perceberam bem. Ou melhor, 2 libras tendo em conta a que a família pagou para poder aceder à venda. Ainda assim, não foi nada mau negócio.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Tocqueville (resumo biográfico)


Aqui fica um resumo da vida do autor de A Democracia na América segundo um artigo de Alan Ryan na NWRB de 22/11/2007:
«Alexis de Tocqueville nasceu em Julho de 1805. Os seus pais por pouco haviam escapado à Revolução Francesa; como casal recém-casado, foram detidos no Inverno de 1793-1794, aprisionados em Paris, e vigiados durante o Verão do Terror enquanto os seus parentes e amigos mais chegados eram conduzidos à guilhotina. O pai de Tocqueville, Hervé, estava previsto ser executado três dias após a queda de Robespierre do poder o ter salvo. Hervé saiu da experiência surpreendentemente incólume; libertado no Outono de 1794, dedicou-se a recuperar a propriedade da família e a reconstruir a sua vida. Era mais robusto do que quer a sua mulher quer o seu filho famoso; morreu com a idade de 84 apenas alguns anos antes de Alexis ter morrido com a idade de 54 em 1859. A mãe de Tocqueville ficou para o resto da vida uma semi-inválida; era menos enferma fisicamente do que presa de males físicos e psicológicos menores que a tornaram quezilenta e ansiosa. Uma fonte de miséria foi ter gerado três filhos, e desejado sempre a filha que nunca teve.
Alexis era o filho mais novo, e desde o início ».
Casou com uma inglesa da classe média cinco anos mais velha, o que é de estranhar dada a sua ascendência aristocrática, que também o impedia de estar em sintonia com os sofrimentos da populaça.
Esteve na América quando ainda nem tinha 26 anos, e apenas durante nove meses. Uma conjugação negativa de factores («mau tempo, má saúde, estradas intransitáveis, rios gelados, um programa idiosincrático») fez com que ficasse com «uma visão muito parcial do país».