quinta-feira, 12 de maio de 2011

Os meus apontamentos de Borges, Biblioteca Pessoal

Aqui ficam algumas anotações de excertos de Biblioteca Pessoal, de Jorge Luis Borges:

As ficções de H.G. Wells foram os primeiros livros que li; talvez venham a ser os últimos

Kafka é o escritor clássico do nosso estranho e atormentado século [16]
No ano final do século XIX morreram em Paris dois homens de génio [Eça de Queiroz e Oscar Wilde]. Que eu saiba, nunca se conheceram, mas ter-se-iam entendido admiravelmente.
Em O Primo Basílio (1848) chama-se a atenção para a sombra tutelar de Madame Bovary, mas Émile Zola achou-o superior ao seu indiscutível arquétipo e agregou ao seu ditame estas palavras: «Fala-vos um discípulo de Flaubert» [28]
[Robert Graves] nunca tratou de ser moderno; declarou que um poeta deve escrever como um poeta e não como um período
No prefácio de uma antologia da literatura russa Vladimir Nabokov declarou que não tinha encontrado uma única página de Dostoievski digna de ser incluída. Isto quer dizer que Dostoievski não deve ser julgado por cada página mas antes pela soma das páginas que compõem o livro [42]
Bernard Shaw escreveu «Nada há de novo em O'Neill, salvo as novidades». Os epigramas engenhosos não precisam de ser justos [47]
Há estilos que não permitem ao autor falar em voz baixa [53]
O esquecimento bem pode ser uma forma profunda de memória [55]

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