Fica no estádio do Restelo (daí o nome em homenagem ao jogador do clube da cruz de Cristo), mas não é fácil dar com ele. Tem de se entrar com o carro por um portão junto à capelinha e aí dá-se logo pela esplanada, que ocupa parte do parque de estacionamento. As mesas e cadeiras têm o ar de tasca moderna, os individuais de papel imitam (e bem) o grafismo de um jornal desportivo antigo.
A primeira nota negativa foi a sopa: um creme de legumes que sabia demasiado a caldo Knorr. O croquete, na modesta opinião do Comilão, foi talvez o ponto mais alto da refeição. Vinha acompanhado com mostarda inglesa à parte, mas isso é um pormenor, o que importa é a qualidade e o sabor da pasta de carne.
Amêijoas boas em dose pequena - mas não se trata de uma receita propriamente difícil de preparar.
Peixinhos da horta também bons (uma curiosidade, também os havia de courgette), com um molho tipo mexicano para 'dip', como dizem os americanos. Agradável.
O picapau de picanha destacou-se pela negativa: carne esponjosa, como a de alguns restaurantes chineses, muito cheia de nervos e gorduras. Ora, o pica-pau deve ser comido à confiança, só com garfo, pedaços inteiros. Não dá jeito aparar as gorduras ou, pior do que isso, ter de cuspi-las... É pena, porque o molho era saboroso. As batatas fritas (à parte) estavam bem feitas.
Sobremesas abundantes mas - pareceu-me - algo artificiais. Primaram sobretudo pela quantidade, em contraste com as restantes doses.
Resumindo: trata-se de um restaurante simpático, num local algo improvável, com bom marketing, até por ser propriedade do João Manzarra. Honestamente, esperava mais da comida, que se revelou irregular. Houve algumas coisas boas (sem deslumbrar) outras nem tanto.
p.s. o restaurante é servido pelas casas de banho do estádio, a alguns metros. A visita a estas casas de banho obsoletas proporciona uma viagem no tempo.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário