... é a do Tavola Calda, em Algés. Mas não resumiria as qualidades deste restaurante às pizzas. O pão, a manteiga de alho e a pasta (tapenade) de azeitonas que vêm como couvert também são óptimos; o serviço é eficiente e, em geral, muito simpático; o espaço agradável, com uma pequena esplanada no exterior onde não se está nada mal.
Mas o ex-libris são de facto as pizzas. Óptima base bem fininha e ingredientes italianos genuínos de grande qualidade. Ultimamente tenho optado pela Norcia, com trufas, e pela La Finestra, com feta e mozarela de búfala. Mas até a Rustica, de fiambre e queijo, é muito saborosa. E existe a possibilidade de optar por uma modalidade interessante, como se poderá ver pelas fotos: uma pizza feita de metades diferentes.
Nota máxima para o Tavola Calda. A localização (bem perto da nova bomba de gasolina da Prio, antiga Cipol), não é muito tentadora, mas parece-me que depois de um arranque titubeante (não pela comida ou serviço prestado, mas pela parca clientela), começa a conquistar cada vez mais fãs - e o Comilão é um deles.
Ambiente moderno (a roçar o futurista, sobretudo a casa de banho), descontraído e children friendly.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Matateu não convenceu
Fica no estádio do Restelo (daí o nome em homenagem ao jogador do clube da cruz de Cristo), mas não é fácil dar com ele. Tem de se entrar com o carro por um portão junto à capelinha e aí dá-se logo pela esplanada, que ocupa parte do parque de estacionamento. As mesas e cadeiras têm o ar de tasca moderna, os individuais de papel imitam (e bem) o grafismo de um jornal desportivo antigo.
A primeira nota negativa foi a sopa: um creme de legumes que sabia demasiado a caldo Knorr. O croquete, na modesta opinião do Comilão, foi talvez o ponto mais alto da refeição. Vinha acompanhado com mostarda inglesa à parte, mas isso é um pormenor, o que importa é a qualidade e o sabor da pasta de carne.
Amêijoas boas em dose pequena - mas não se trata de uma receita propriamente difícil de preparar.
Peixinhos da horta também bons (uma curiosidade, também os havia de courgette), com um molho tipo mexicano para 'dip', como dizem os americanos. Agradável.
O picapau de picanha destacou-se pela negativa: carne esponjosa, como a de alguns restaurantes chineses, muito cheia de nervos e gorduras. Ora, o pica-pau deve ser comido à confiança, só com garfo, pedaços inteiros. Não dá jeito aparar as gorduras ou, pior do que isso, ter de cuspi-las... É pena, porque o molho era saboroso. As batatas fritas (à parte) estavam bem feitas.
Sobremesas abundantes mas - pareceu-me - algo artificiais. Primaram sobretudo pela quantidade, em contraste com as restantes doses.
Resumindo: trata-se de um restaurante simpático, num local algo improvável, com bom marketing, até por ser propriedade do João Manzarra. Honestamente, esperava mais da comida, que se revelou irregular. Houve algumas coisas boas (sem deslumbrar) outras nem tanto.
p.s. o restaurante é servido pelas casas de banho do estádio, a alguns metros. A visita a estas casas de banho obsoletas proporciona uma viagem no tempo.
A primeira nota negativa foi a sopa: um creme de legumes que sabia demasiado a caldo Knorr. O croquete, na modesta opinião do Comilão, foi talvez o ponto mais alto da refeição. Vinha acompanhado com mostarda inglesa à parte, mas isso é um pormenor, o que importa é a qualidade e o sabor da pasta de carne.
Amêijoas boas em dose pequena - mas não se trata de uma receita propriamente difícil de preparar.
Peixinhos da horta também bons (uma curiosidade, também os havia de courgette), com um molho tipo mexicano para 'dip', como dizem os americanos. Agradável.
O picapau de picanha destacou-se pela negativa: carne esponjosa, como a de alguns restaurantes chineses, muito cheia de nervos e gorduras. Ora, o pica-pau deve ser comido à confiança, só com garfo, pedaços inteiros. Não dá jeito aparar as gorduras ou, pior do que isso, ter de cuspi-las... É pena, porque o molho era saboroso. As batatas fritas (à parte) estavam bem feitas.
Sobremesas abundantes mas - pareceu-me - algo artificiais. Primaram sobretudo pela quantidade, em contraste com as restantes doses.
Resumindo: trata-se de um restaurante simpático, num local algo improvável, com bom marketing, até por ser propriedade do João Manzarra. Honestamente, esperava mais da comida, que se revelou irregular. Houve algumas coisas boas (sem deslumbrar) outras nem tanto.
p.s. o restaurante é servido pelas casas de banho do estádio, a alguns metros. A visita a estas casas de banho obsoletas proporciona uma viagem no tempo.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
O monumento a Estaline da capital da Arménia
«No monte fronteiro a Erevan ergue-se um monumento a Stalin. O gigantesco marechal de bronze avista-se de todos os lados. Se um astronauta vindo de um longínquo planeta visse este gigante eráceo, elevando-se por cima da capital arménia, perceberia de imediato que grande e terrível potentado o monumento celebra. Stalin enverga um capote comprido de bronze, tem um boné militar na cabeça, a sua brônzea mão está enfiada sob a lapela do capote. Com as pernas como que em movimento, sugere um passo vagaroso, pesado, regular – a passada do patrão, do soberano do mundo, que não tem pressa. Ergue-se dele uma combinação estranha, aflitiva: aquela expressão de força que só um deus pode possuir, de tão enorme que é; e também uma manifestação do rude poder terreno – de soldadesca, de burocracia.
É claro, este majestoso deus do capote é uma excelente
escultura de Merkúrov. Provavelmente, a melhor obra do escultor e, talvez, o
melhor trabalho monumental da nossa época. É o monumento a uma época, a de
Stalin. Parece que as nuvens tocam a cabeça do líder. A figura de corpo inteiro
de Stalin tem 17 metros de altura. A estátua, juntamente com o pedestal,
eleva-se a 78 metros do chão. Quando o monumento estava a ser montado e os
fragmentos do gigantesco corpo de bronze estavam deitados no chão, os operários
passavam, sem encolherem as cabeças, por dentro da perna oca de Stalin.»
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