No dia em que decidi que a fotografia se tornaria o meu novo hóbi de eleição fiz uma viagem, com partida do Algarve e chegada a Estremoz. Por alguma razão disse - e isto é a pura verdade, há uma testemunha - que nesse dia iríamos ver uma raposa. Avistar uma raposa por aquelas bandas é um privilégio raro, que terá acontecido três ou quatro ocasiões em vinte anos de visitas regulares.
As hipóteses eram residuais, mas aconteceu. Não só vimos uma raposa - tal como eu havia, pode-se dizer, profetizado - como ela ficou ao lado do carro durante uns poucos de minutos (geralmente desapareciam numa questão de poucos segundos).
Dado o meu novo hóbi e a minha profecia, eu ia com a máquina fotográfica pronta (como a viagem foi longa, passei o final sentado no banco do passageiro). Mas bem que carregava no botão para disparar o obturador - nada. Tentei em vários modos - automático, sem flash, prioridade abertura, retrato nocturno... -, mas, por causa da falta de luz, não se ouvia o bip que indica que a lente está focada e pronta a fotografar.
Finalmente decidi passar para focagem manual. 'Antes desfocada que nada', pensei. Entretanto, a condutora tentava orientar os faróis em direcção à raposa - com algum sucesso, por sinal. O animal por ali ficou uns dois minutos à volta do carro, a farejar.
Quando finalmente consegui que a máquina fotografasse, escusado será dizer - a raposa já não estava lá.
A única prova com que fiquei dessa profecia foi pois uma imagem de ervas secas à beira da estrada - isto aconteceu nas férias do Verão - iluminadas pelos faróis do carro e, mais escuro, um arbusto, por detrás do qual a raposa desapareceu.
De ora em diante o Comilão postará neste blogue algumas fotografias por ele tiradas com a sua nova máquina, uma Nikon D5100. Espero que os meus queridos fãs, seguidores, admiradores ou simples visitantes apreciem.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário