terça-feira, 18 de agosto de 2015

Mercado de Algés

Este é um mercado que o Comilão conhece bem e que frequenta há oito anos, para comprar fruta, legumes e peixe (boas ovas para um almoço de sábado, por exemplo). As obras são bem-vindas, pois criaram uma esplanada simpática e poderão trazer uma dinâmica nova que se estenda dos restaurantes às bancas de fruta, peixe e legumes (e aos talhos, já agora).

A primeira impressão com que fiquei é de alguma barafunda. Aliás, só à segunda visita, numa terça-feira à noite, conseguimos arranjar mesa (e mesmo assim não foi fácil).

O mercado tem ao todo 13 restaurantes, dos quais o Comilão experimentou três:
- Atalho Burguer: bom, na linha do hambúrguer gourmet que se tem popularizado.

- Peixe ao Balcão: muita parra e pouca uva, ou seja, mais cuidado com a "concepção" e a apresentação dos pratos do que com a confecção. Na salada de polvo o cefalópode estava rijo (porventura mal cozido) e os carapaus de escabeche também não estavam óptimos. Já não havia a sopa rica de peixe.

Salada de polvo e carapaus de escabeche do Peixe ao Balcão:
muita apresentação, pouco sabor

- A Banca do Petisco: daqui vieram uns camarões à guilho (embora não tivessem o melhor dos aspectos, estavam bons), requeijão com doce de abóbora e nozes e um cesto de pão. O pão estava seco.

Em suma: o mercado é óptimo para os forasteiros e pessoas que perseguem estes fenómenos de moda. Espero que sejam muitos. Quanto a mim, tenho pena de dizê-lo, mas não me convenceu. Ao todo o jantar para quatro pessoas ficou em mais de 60 euros. Talvez tenhamos sido garganeiros, mas o preço, sobretudo para um sítio em regime "sirva-se a si mesmo", é demasiado elevado.

(uma nota à margem: embora os novos mercados sejam espaços bonitos, em geral as fotos do ambiente não resultam fantásticas)

Requeijão com nozes e doce de abóbora e camarões à guilho
d'A Banca do Petisco. Só o pão não era grande coisa


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A imagem do tempo

Visitei a exposição na Gulbenkian por várias vezes quando era estudante na FCSH e achei-a fascinante. Desde então andava a pensar adquirir o catálogo (que aliás estava numa wishlist publicada aqui no blogue), mas custava mais de oitenta euros. Em Junho fui ao cabeleireiro, no Chiado, e na montra da Férin encontrei este exemplar em inglês a um bom preço (50 e picos euros). O Sr. João Paulo disse-me que tivera também a versão portuguesa mas já a vendera - "este, como é em língua estrangeira, pu-lo mais barato porque é mais difícil vender", explicou-me. Sorte a minha! Embora na altura estivesse na penúria aproveitei a "oportunidade". E fiquei muito satisfeito, porque de facto o catálogo é magnífico. Na capa, uma iluminura de uma roda da fortuna: que está hoje em cima amanhã poderá estar em baixo, e vice-versa. Uma bela metáfora das voltas que a vida dá.