Estava curioso por ver como eram as empadas. A empregada perguntou se podia ajudar e eu disse-lhe isso. Ela mostrou-me uma, orgulhosa do tamanho. Mas eu queria era vê-la por dentro, o recheio. Mas para isso tive de pedir. Galinha tradicional, a receita de José Avillez (pelo menos vi a assinatura dele no rectângulo de papel que cobre o tabuleiro). A empada é boa (creme, pedacinhos de galinha e de chouriço) e vem quente, talvez até demasiado. Mas a meio eu já estava a ficar empanturrado, pois pedi para acompanhamento arroz branco e batata palha, em vez de salada. As batatas sabiam a velho, o arroz não.
Empadaria do Chef
Armazéns do Chiado
€6,75
2,5 estrelas (nem bom nem mau)
Uma actualização (28.I.2013): A empada de frango Thai, com leite de coco (mas não se sente) e legumes, não é má. Desta vez já não havia bata-palha, só arroz e salada. Merece subir para 2,5-3 estrelas.
terça-feira, 31 de julho de 2012
segunda-feira, 23 de julho de 2012
60 minutos, órix-de-cimitarra no Texas
Ontem o Comilão viu uma peça jornalística muito interessante sobre reservas de caça a um animal em vias de extinção, o órix-de-cimitarra, no Texas (60 minutos, Sic Notícias). Uma conservacionista quer proibir que os animais sejam criados para serem abatidos, embora uma autoridade na matéria tenha mostrado sem margem para dúvidas que os números dos animais subiram acentuada e sustentadamente. Mas o testemunho mais interessante foi o do homem que levou aqueles animais para o Texas:
- Não gosto da ideia de eles serem abatidos. Mas sou experiente (ou sábio) e inteligente quanto baste para saber que tem de haver um incentivo à sua criação. E sei que, a partir do momento em que a sobrevivência dos animais depender exclusivamente do nosso altruísmo eles vão ficar ameaçados.
- Não gosto da ideia de eles serem abatidos. Mas sou experiente (ou sábio) e inteligente quanto baste para saber que tem de haver um incentivo à sua criação. E sei que, a partir do momento em que a sobrevivência dos animais depender exclusivamente do nosso altruísmo eles vão ficar ameaçados.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Moneyball
- Vamos ensaiar. Eu sou um jogador e tu vais despedir-me, diz Brad Pitt.
O outro começa com uma grande conversa. 'Foste muito importante para a equipa, blá, blá, blá'.
- Não é assim. Eles são jogadores de basebol. Tens de ser directo: 'Fulano tal, foste despedido'. Como é que preferias morrer: com cinco balas no peito ou uma na cabeça?
- Tenho mesmo de escolher?
O outro começa com uma grande conversa. 'Foste muito importante para a equipa, blá, blá, blá'.
- Não é assim. Eles são jogadores de basebol. Tens de ser directo: 'Fulano tal, foste despedido'. Como é que preferias morrer: com cinco balas no peito ou uma na cabeça?
- Tenho mesmo de escolher?
sexta-feira, 13 de julho de 2012
A guerra do futebol
Apesar da minha admiração pelo escritor/ repórter polaco R. Kapuscinski, creio não lhe ter ainda dedicado qualquer post. Agora que estou a ler The Soccer War é uma boa oportunidade para o fazer. K. fala das suas experiências de quase-morte em África, por doença ou às mãos de milícias brutais (embora o título se refira a um episódio passado na América do Sul, mais concretamente nas Honduras).
A peça The burning roadblocks (Os bloqueios de estrada em chamas) é simplesmente arrepiante:
«I was driving along a road where they say that no white man can come back alive. I was driving to see if a white man could, because I had to experience everything for myself. I know that a man shudders in the forest when he passes close to a lion. I had to do it myself because I knew no one could describe it to me. And I cannot describe it myself. Nor can I describe a night in the Sahara. The stars over the Sahara are enormous. They sway above the sand like great chandeliers. The light of those stars is green. Night in the Sahara is as green as a Mazowsze meadow.
[...]
Burning logs blocked the road. There was a big bonfire in the middle. I slowed down and then stopped; it would have been impossible to have carried on. I could see a dozen or so young people. Some had shotguns, some were holding knives and the rest were armed with machetes. [...]
I was in the hands of UPGA activists. They must have been smoking hashish because their eyes were mad and they did not look fully conscious. They were soaked in sweat, seemed possessed, frenzied.
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