terça-feira, 26 de julho de 2011

Lucian Freud (8.XII.1922-21.VII.2011)



Em 1988 o crítico Robert Hughes considerou-o «o maior pintor realista vivo» e o epíteto colou.
Lucian Freud, neto de Sigmund Freud e filho de um arquitecto, nasceu em 1922 em Berlim. Em 1933, ano em que Hitler se tornou chanceler, a família fugiu para Inglaterra, mas como não o fizeram na condição de refugiados puderam levar todos os seus bens. Lucian era um apaixonado por cavalos e por vezes dormia nos estábulos. Já com mais de 80 anos era visto a montar num clube hípico perto do seu estúdio em Holland Park. E apostava furiosamente nas corridas de cavalos, ao ponto de chegar a receber ameaças de morte por causa de dívidas de jogo. Uma situação delicada de que o seu amigo Nathaniel Charles Jacob, 4.º barão de Rothschild, o tirou, na condição de não se repetir e de o dinheiro nunca ser devolvido.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Guerra e Paz



O Comilão acaba de ler a sua edição da Pléiade de Guerra e Paz. Tem uma introdução breve, como se impõe. Embora o seu domínio do francês não seja perfeito, Comilão detectou duas gralhas, indesejáveis mas talvez inevitáveis numa obra de mais de 1600 páginas.
Não vale a pena estar aqui com grandes considerandos, pelo que me cingirei ao top 4 das cenas mais notáveis (por ordem crescente):
4. O jovem Rostov perde uma fortuna ao jogo
3. Descrição do ambiente na casa dos Rostov
2. Os Rostov, em fuga, têm de decidir-se entre carregar os seus bens ou ajudar os soldados feridos, num episódio que antecipa A Lista de Schindler, de Spielberg (quando Schindler começa a olhar para os seus bens e começa a avaliá-los em função de quantas pessoas poderia salvar com o resultado da sua venda)
1. O velho e irascível príncipe Bolkonsky pensa que o seu filho foi morto na guerra. Encontra-se, por isso, de pior humor ainda que de costume, quando o seu mordomo lhe anuncia que mandou limpar a neve do caminho para a chegada do príncipe Basílio, que vem 'negociar' o casamento do seu filho, Anatole, com Maria.